quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Mobile, Web e cia ltda

Um pensamento ocorre sempre que fazemos uma reflexão mais demorada sobre a cultura da mobilidade que está se estabelecendo pelo mundo: ela não é uma cultura da conexidade, como tantos futurologistas preconizavam nos primeiros anos da internet, ela também não é uma cultura do online, como preconizavam tantos outros. É algo mais que isso.

O físico superstar Michio Kaku, em uma série de programas para a BBC entitulada "Visões do Futuro", diz que estamos superando a era das descobertas científicas. Estamos no limiar de uma era de domínio científico sobre a natureza. De fato, nosso entendimento sobre o universo, a estrutura da matéria, das moléculas da vida, e tantos outros avanços nos permitem acreditar que estamos mesmo entrando numa era diferente da que vivemos no século 20. Estamos numa nova era. As comunicações mobile parecem oferecer o mesmo panorama: uma nova era se descortina, uma que foi acalentada por gerações de sonhadores e escritores de ficção científica, a era da mobilidade.

O celular é o ícone do limiar desta nova era. E ele passou por profundas transformações no decorrer de seus parcos 20 anos de vida. É fácil ver como mudou assistindo ao primeiro filme "Máquina Mortífera" onde Danny Glover nos mostra um dos primeiros telefones móveis concebidos. Daí fazemos uma visita a qualquer loja de operadora para constatarmos a transformação física. O conceito de celular também sofreu transformações profundas. Foi inicialmente concebido como um telefone. Hoje, quem considera o celular apenas um telefone é claramente uma pessoa desinformada. Um celular hoje não rivaliza nem mesmo um computador. Quem considera um celular apenas como um computador esquece-se dos aspectos afetivos-emocionais que ele absorveu. O celular é mais que um dispositivo. Integrou-se em nossa vida. É o órgão que nos faltava para nos comunicarmos entre nós. Dificil conceber a vida sem ele, ou antes dele.

E a Web? A Web continua a se expandir, mas hoje não é mais a soberana das redes. A rede móvel a supera em número de terminais, no Brasil, quase que de 6 para 1. Muito mais em outros países. Um olhar mais atento vai revelar que a Web está se tornando acessória, um canal importante no mundo móvel, mas aos poucos, está se tornando um canal a mais. Ela será parte importante do que virá, mas parte.

É este porvir que vamos moldar a partir de agora.

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