sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Conteúdo para celular faz 10 anos e vale agora 71 bilhões de dólares - PARTE I


Conteúdos móveis...

Você pode pensar nisso como uma indicação de que a notícia chega em seu telefone. Ou o videogame que você pode baixar para o seu telefone, ou o voto que fez no BIG BROTHER, ou a música MP3 que você ouve no seu celular.

Sim... fotos de celular, blogs móveis, vídeos, inclusive publicidade... tudo está aparecendo em nossos telefones. Atualmente existem muitas formas diferentes de conteúdo celular.

Agora... o que pode parecer estranho é que apenas dez anos atrás não havia nenhum. Nenhum.

PARTE I

É... faz dez anos que o primeiro conteúdo foi disponibilizado para o celular. Antes do iPhone, antes do N-Series e telefones Walkman, antes do Razr e do Blackberry. Antes de qualquer operador do portal de serviços como o Vodafone Live e até mesmo antes da japonesa NTT DoCoMo i-Mode.

Era Outono de 1998 quando foi lançado comercialmente o primeiro conteúdo para celular. As pessoas riram e a maioria disse que os resultados nunca seriam "respeitáveis".

O primeiro conteúdo foi um humilde toque, lançado pela Saunalahti (agora parte da Elisa), apenas para cinco modelos de telefones Nokia, que tinha uma característica "peculiar" em comum: aceitavam que ringtones fossem instalados.

O modelo que era mais popular na época, era o telefone Nokia 5110 e que foi o mais utilizado para consumir o conteúdo móvel no seu primeiro ano. Ninguém jamais poderia acreditar que esse negócio "maneiro" de ringtone iria tornar-se um negócio de bilhões de dólares.

Podia até se imaginar música em telefones algum dia... mas ringtone como conteúdo... era até bonitinho, mas apenas um capricho, e não seria para todos os países... será??


MÚSICA COMO PRIMEIRO CONTEÚDO

Os ringtones estavam sendo vendidos por um valor 3 vezes superior ao SMS de pessoa para pessoa. Um toque, em 1998-2000, custava cerca de 45 cents. Como o custo de transmissão era algo em torno de 9 centavos, isso gerava uma margem de lucro fenomenal da ordem de 78%!!

O resultado foi tão estrondoso que em quinze meses que haviam sido vendidos mais de um milhão de canções pela Saunalahti/ Jippii que, a essa altura, já tinha mais da metade das suas receitas gerados por esta "bobagem" de música móvel.

Como seria visto a seguir, os ringtones iriam impulsionar artistas famosos a enormes lucros - como 50 Cent com seu hit In Da Club, que em 2003 ganhou mais como toque do que todos os outros formatos de música juntos.

E para quem pensa que foi uma nuvem passageira, a dimensão do crescimento continuou enorme, passando, ao final do ano passado, dos 11 bilhões de dólares.

Se estudos apontam que o total da indústria fonográfica mundial vale 30 bilhões de dólares, isso significa que mais de um em cada três dólares gasto na música mundial, é gasto com o telefone móvel.

Se você pensou que o iPod e o iTunes foram o futuro da música, me desculpem: o mercado de download de música nos celulares (incluindo os rigtones, obviamente) é 5 vezes maior do que o iTunes!!!

3 comentários:

Anônimo disse...

Quem diria...que um simples aparelho, poderia revolucionar o mundo tecnológico...O celular não serve somente para ligar...
Estamos na era tecnológica...

Anônimo disse...

Puxa! Muito bom o texto! Parte I significa que vem mais por aí?

Estou no aguardo! Parabéns!

Anônimo disse...

Vejo o celular hoje como uma oportunidade de comunicação bem significativa. Já faz parte da nossa realidade. Gostei do texto. Posso usar no meu BLOG?